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Passeio bate e volta à Bruges, na Bélgica – por Lily Pestana

Temos mais um Guest Post para apresentar no blog. E a convidada hoje é uma amiga querida e blogueira veterana, a Lily Pestana do blog Apaixonados por Viagens. Pedi a ela para compartilhar aqui um pouco de sua visita à cidade de Bruges, na Bélgica, já que nesse país só conheci Bruxelas. Visitar essa cidadezinha está nos meus planos e certamente vai entrar pros planos de vocês também após lerem o post da Lily!

 

Olá viajantes! Eu sou a Lily do Blog Apaixonados por Viagens  (instagram @apaixonadosporviagens) e é com grande prazer que venho compartilhar aqui um pouco dessa minha experiência linda na cidade de Bruges, na Bélgica. Antes de começar, quero agradecer pelo carinho da minha amiga Monica, agradecer pelo convite e pela oportunidade de divulgar esse meu relato no seu blog. Espero que todos gostem!

 Vamos então passear por Bruges?

Sabe aquele tipo de cidade fofa, que dá vontade de dobrar e guardar dentro do bolso e levar para sempre com você? Essa é Bruges, também conhecida como a Veneza do Norte pela quantidade de canais que cortam a cidade. Eu estive em Bruges no início de abril de 2013. Era primavera (ou pelo menos deveria ser rsrs – já perceberam como o tempo está louco? Agora mesmo, na Europa, em pleno verão, estão acontecendo coisas malucas como tufão na Itália, frio na França e tudo isso após uma onda de calor que elevou os termômetros a mais de 40ºC… ), mas fazia muito frio porque naquele ano de 2013 o inverno foi extremamente rigoroso e adentrou a primavera.

Como eu estava hospedada em Bruxelas, aproveitei a oportunidade para fazer um Day Trip a Bruges de Trem. Pegamos o Trem na Gare Midi de Bruxelas e rapidamente (menos de 1 hora de viagem), chegamos em Bruges. Nós fomos bem cedinho para voltar no final do dia e aproveitar ao máximo o dia por lá. Bruges é aquela típica cidade medieval linda, bem conservada, toda murada. Seus portões de entrada são famosos, mas eu nem os vi, porque tem que caminhar um bocado para percorrê-los. A título de curiosidade, são: Kruispoort, Smedenpoort, Ezelpoort e Gentpoort. E, se tiver tempo e disposição para fazer essa caminhada, também será possível ver 3 moinhos de vento. Aliás, é bom se preparar para caminhar um cadinho no seu daytrip em Bruges. A começar pela estação de trem que fica do lado de fora dos muros, cerca de 30 minutos de caminhada até a praça principal, a Grote Markt.

Uma dica é: sair da estação de trem, passar pela Stationsplein (a praça da estação), seguir pela Oostmeers e seguir na direção do Centrinho de Bruges, passando primeiro pelo Lago do Amor (Minnewater), por onde o rio Reie entra na cidade, que é um lugar lindo para fazer uma pausa, olhar a paisagem, fotografar, observar os cisnes.

Ahhhh… os cisnes! Tem como ser mais romântico?

Nessa mesma região, próximo ao Lago do Amor, está o Begijnhof, uma espécie de convento para mulheres não-ordenadas, construído no século XIII, fundado em 1245 pela Condessa de Flandres, os Jardins das Beguinas de Flandres é um lugar religioso, onde o clima de paz, silêncio e harmonia predominam. Fiquei encantada com os jardins e as casinhas ao redor. Na sequência, siga caminhando na direção da Igreja de Nossa Senhora (Onze Lieve Vrouwekerk), que vale a visita (que é paga) para ver de perto uma escultura da Virgem Maria com criança – Madona – de Michelangelo. Com seus 122 metros de torre, ela é facilmente avistada no céu da cidade. Mas passa por restauração e não tinha como visitar toda a igreja no seu interior. O horário de funcionamento é de segunda a sábado, de 9:30 às 17:00, e domingo de 13:30 às 17:00 (mas é sempre bom verificar antes).

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Depois da visita à Igreja, seguindo pela Steenstraat, você vai chegar na Grote Markt de Bruges, que é a pracinha principal, linda, cercada de restaurantes e bares e, em cujo cenário, ganha destaque o Campanário. O Centro de Histórico de Bruges é Patrimônio da Humanidade desde 2000. E nós demos sorte de chegar lá (como fomos bem cedo) com uma feirinha, onde pudemos fazer várias degustações.

Uma das coisas de que mais gosto das feirinhas da Europa é a possibilidade de degustar, porque eles sempre oferecem vários produtos para que a gente experimente antes de comprar, e comprar muita coisa gostosa e diferente, além de frutas frescas, queijos, pães… hummmmm… delícia! A Grote Markt é o coração medieval da cidade, sem sombra de dúvidas, o lugar mais movimentado! Para quem puder pernoitar em Bruges, o que é uma ótima pedida, eu sugiro que se hospede nessas imediações, onde há muitos restaurantes. Nós fomos para lá, no final do dia, para almoçar e tomar uma maravilhosa cerveja belga! Diga-se de passagem, as cervejas belgas são espetaculares!!! Experimente as mais diferentes que você puder, pois são centenas de rótulos. Mas, na falta de ideia do que pedir, a Leffe nunca decepciona.

Depois de passearmos pela feirinha, eu fui ao Campanário (Belfort van Brugge), pois tinha lido que a vista lá do alto era incrível! Mas olhem… a fila para entrar era surreal! Fiquei 1 hora na fila para subir as escadas da torre. Trata-se de uma torre medieval com mais de 83 metros, onde eram guardados os documentos importantes da cidade, com 47 sinos e tão somente 366 degraus (e eu juro que tinha fila para subir os 366 degraus!!). Peeeeense em uma torre medieval, com uma escadaria estreita, onde mal passam duas pessoas… é por aí! Turista é tudo doido, né? Rsrs…

Pelo menos eu cheguei lá no alto e a visão panorâmica realmente não decepcionou. Mas não espere poder tirar muitas selfies e fotos em grupos, porque a vista que se tem é de uma janelinha cheia de grades que fica meio no alto (os baixinhos terão dificuldade). Se você tiver disposição e tempo, vale a pena sim para se situar, ver as praças do alto e os canais que cortam a cidade. A entrada é paga e fica aberta todo dia, das 9:30 às 17:00 (mais uma vez, sempre verifiquem antes o horário pois alterações acontecem a depender da época do ano, por exemplo, os horários do verão costumam ser diferentes dos de inverno). Dica: Loja Spegelaere, que fica na rua Ezelstraat 92 – não abre às segundas – é um ótimo lugar para comprar pralinés.

Pertinho da Grote Markt fica outra praça linda, que é a praça Burg. Foi na Praça Burg que o Conde Baldwin fortificou o primeiro castelo para se proteger de invasões de normandos e vikings. Nela fica a Prefeitura (Stadhuis) em estilo gótico, construída entre 1376 e 1420. Caminhar por ali é tão prazeroso. Observe as carruagens, o vai e vem das pessoas, as janelas compridas da Prefeitura, a Igreja de St. Donatius, o Palácio do Bispo.

O conjunto arquitetônico da Praça Burg é até mais bonito, na minha opinião do que o da Grote Markt (embora o da Grote Markt seja mais colorido).

Um momento muito especial que vivemos na visita a Bruges foi na Praça Burg, pois tivemos a alegria de entrar na Basílica do Sagrado Sangue, considerada sagrada por conter um precioso relicário, um frasco de cristal que supostamente guarda gotas do sangue de Jesus Cristo, colhidas por José de Arimateia, em Jerusalém, trazido pela Segunda Cruzada em 1150. O relicário fica exposto durante a Semana Santa e, como nós chegamos em Bruges poucos dias após a Páscoa, ele ainda estava lá exposto, no Segundo andar, onde havia várias pessoas, em procissão para se aproximarem dele e fazerem suas orações.

Não sei dizer se é verdade. O que posso afirmar é que a energia é muito grande e ver a fé que move as pessoas que vão à Basílica e a crença de que ali está realmente o sangue de Cristo é algo cativante e muito bonito. Mesmo que não seja verdade, o lugar merece uma visita e a vibração energética se faze presente, com muita paz. No primeiro andar da Basílica do Sagrado Sangue fica a St. Basil’s Chapel, lindíssima também, embora mais simples, construída entre 1139 e 1149.

Outro cantinho lindo de Bruges fica atrás da praça Burg. Caminhando como se fosse para trás dessa praça, ou seja, atrás da Basílica do Sagrado Sangue, você vai se deparar com belas paisagens, canais, mais edifícios medievais de Bruges, lugares que rendem fotos memoráveis e uma caminhada muito gostosa.

E, por falar em canais, uma das minhas grandes tristezas em Bruges foi não ter feito o passeio de barco pelos canais. Estava muuuuuuuuuuito frio!! Muito frio mesmo! Ventando também! E os barcos são abertos, ou seja, eu realmente achei melhor seguir caminhando, explorando a cidade, entrando nas igrejas, degustar as comidinhas na feirinha, mas eu fiquei morrendo de vontade de fazer (bastou ter uma companhia ao meu lado querendo ir… só que meus pais não quiseram).

Quero voltar!! Bem, para quem desejar fazer o passeio de barco, ele leva de meia a uma hora e são cinco pontos de embarque e desembarque espalhados pela cidade e seus canais. Um deles fica atrás da Torre Belfort – Campanário – perto da Igreja de Nossa Senhora. Os passeios saem todos os dias, das 10h às 18h, de março a novembro (eu acho que no inverno eles não saem). E custa algo em torno de 8 euros. Ainda nas nossas andanças, a gente visitou a Catedral de St. Saviour, que é a mais antiga igreja de Bruges, construída entre os séculos XII e XV, após ter sido destruída por um incêndio. A entrada é gratuita e merece a visita. Ela é muito bonita e muito grande, imponente! Ahhh, eu não visitei os Museus do Chocolate nem o da Batata Frita. Li vários blogs dizendo que era furada, por isso eu nem me animei a perder meu tempo em Bruges com eles.

Por fim, não deixem de caminhar – e que tal se perder? – pelas ruelas e canais de Bruges. Comam muito chocolate belga por mim (na Loja Galler, que fica na Steenstraat 5, ao lado da Grote Markt, eles oferecem alguns chocolates para degustar), bebam as cervejas sensacionais (tem o Bar Staminee de Garre, na rua de Garre 1), experimentem o típico prato belga Moules et Frites, que são mexilhões ao vinho branco com batatas fritas…

E assim foi o meu dia em Bruges, essa cidade tão preciosa, uma joia de arquitetura medieval tão bem preservada. Ficamos lá até o anoitecer e pegamos o trem de volta para Bruxelas (compramos bilhetes open tickets que permitem que você embarque no horário que quiser sem assento marcado e, como tem trem quase que de hora em hora, não tivemos problema com isso. Só alerto para a questão da estação em Bruxelas, pois há a estação Midi, Nord, Centraal, para você não parar na estação errada rsrs).

Espero que tenham gostado!

Beijo grande,

Written by Letouriste

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