Vinhos oficiais das Olimpíadas Rio 2016_ mais atrações no turismo do Rio e Serra Gaúcha

Recentemente fomos convidados a conferir o lançamento dos Vinhos Oficiais das Olimpíadas Rio 2016, numa noite de degustação na Casa Suíça, tradicional restaurante carioca. Além de ajudar a divulgar a qualidade dos vinhos da Serra Gaúcha, já que os vinhos nacionais foram os escolhidos para esse evento tão importante, ajudará também a estimular o enoturismo no Sul do Brasil de um modo geral. Vejam qual foi a vinícola eleita para abastecer os eventos e o mercado durante e depois dos jogos olímpicos!

A Lidio Carraro Vinícola Boutique será a grande representante dos vinhos brasileiros durante as Olimpíadas do Rio 2016, a serem realizadas, em grande parte, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. São 12 anos de história que a levaram a constar entre os 50 melhores vinhos do mundo, segundo o jornal francês Le Fígaro. Agora, os turistas do mundo inteiro que vierem assistir aos jogos olímpicos, terão mais chances de encontrar os vinhos da Lidio Carraro em empórios e supermercados, nas lojas oficiais Rio 2016, bem como nas lojas Dufry, presentes nos maiores aeroportos do país. Os vinhos serão servidos durante os eventos de confraternização dos jogos, uma oportunidade de conhecer a série limitada Faces que leva o selo oficial das Olimpíadas 2016. É uma grande chance para os produtores falarem mais dos vinhos brasileiros, mostrarem seu produto e dar ainda mais força a um mercado que vem se solidificando há 10 anos. Aos poucos, os brasileiros estão conhecendo melhor os vinhos nacionais, estão se interessando mais em visitar as vinícolas da Serra Gaúcha e estão deixando de lado certos preconceitos.

Antes do início da degustação, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos apresentou também os números e projetos das Olimpíadas do Rio, bem como o andamento das obras e o legado que eles esperam deixar para a cidade.

Durante o lançamento, pudemos degustar 5 tipos de vinhos. Os 3 primeiros foram da linha Faces, de estilo mais contemporâneo, que foram engarrafados nas versões 750mL e baby (187,5mL). Como o branco Chardonay, que como já é característico dessa uva, não é dos mais suaves, mas tem presença. Provamos também o tinto Merlot, que para meu paladar pessoal agrada mais, pois consegue definir bem na boca suas notas e volume. E degustamos a seguir um rosé Pinot Noir, muito agradável, frutado com toque acerejado que combina bem com o clima do Rio de Janeiro e ambientes de celebração. Esses rótulos são da safra 2015, varetal, com corte específico que juntam vários grupos, fazendo uma alusão ao jogo em equipe e o significado das Olimpíadas, que precisa de superação, transformação, e muito entrosamento nos times em jogos coletivos. Além disso, eles se mostraram ótimos vinhos de acompanhamento para serem saboreados em diversas situações entre os amigos, apresentando também ótimo custo x benefício.

Outros 3 rótulos especiais da linha Top Premium também foram apresentados. O meu preferido de toda a noite, que foi acompanhada de um coquetel, foi o Coletânea, safra 2008. De características bem acentuadas, é mais encorpado sem ser rascante, tem um aroma agradável e envolvente e sua absorção é suave, apesar de ser um vinho de grande personalidade. Seus taninos são facilmente percebidos na boca, realmente delicioso. Foi perfeito com os canapés que estavam sendo servidos, dando uma ótima ideia de como podem ser seus acompanhamentos. Vol au vent de funghi, presunto Parma com melão, gorgonzola e até massa de pizza branca com toques de parmesão ou de alecrim, caem muito bem com um tinto como esse.

Já o Tannat, outro rótulo especial lançado na ocasião, é da safra 2012. Também apresenta bastante volume e me fez ficar em dúvida se esse seria meu preferido ou o provado anteriormente. Ou seja, é muito bom também! E foi bem acompanhado de dois dos pratos mais pedidos na Casa da Suíça: a linguiça suína acebolada e a batata rosti com estrogonofe de carne.

Pratos esses que também combinam muito bem com o último vinho apresentado na noite, o “Olímpia Rio 2016”. Considerado um vinho de companhia, é um excelente tinto, que transmite toda a qualidade da vinícola e sua história. Com esse fechamento, a Lidio Carraro que prima pelo purismo, por manter a tradição familiar e por produzir vinhos com a mínima interferência externa, conseguiu mostrar que as produções da Serra Gaúcha têm muito a oferecer, podendo se equiparar a grandes vinhos do mundo. Afinal, muito da história e característica de uma vinícola está em seu terroir, e não falta tradição nas belíssimas terras da região do Sul do Brasil, desde a vinda dos primeiros imigrantes europeus. Eles deixaram um legado para o país. Nada mais justo do que uma vinícola nacional representar o Brasil num evento que promete deixar um das maiores legados da nossa trajetória.