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Hotel Santa Teresa MGallery by Sofitel: arte de receber francesa com alma brasileira

Num casarão que data de 1850, com a área do lobby e o local onde ficava a senzala preservados, o Hotel Santa Teresa MGallery by Sofitel reside há quase 10 anos no bairro de mesmo nome. Um verdadeiro refúgio no Rio de Janeiro. Revisitamos esse hotel que agora está sob a bandeira da francesa Accor.

 

O renomado Hotel Santa Teresa agora faz parte da coleção de hotéis memoráveis do Sofitel. Daí vem o M em sua nova nomeação, “MGallery”. Uma das características principais que um hotel precisa possuir para fazer parte deste seleto grupo é ser único. Esculturas de artistas como os mineiros do atelier 5 irmãos, roupões Trussardi e toalhas Trousseau, flores vivas no interior dos quartos, que ganham almofadas de palha de coco e de açaí para dar um toque rústico na decoração. Nas paredes, aquarelas que retratam o Rio de Janeiro na época em que os primeiros colonizadores aqui chegaram. São detalhes que sempre fizeram do Santa Teresa um recanto especial, ao mesmo tempo em que é um lugar super descolado.

Os quartos são diferentes de tudo que costumamos ver. A acomodação na qual fui convidada a me hospedar tinha personalidade, decoração singular, muito espaçosa e arejada. Quase passa a impressão de estar numa casa, já que as grandes portas de vidro da varanda dão diretamente para os jardins do hotel. E tem ainda uma rede com vista para o casario de Santa Teresa. Puro charme. Cama King, enorme, do tipo que nos envolve completamente durante o sono, tamanha a maciez dos lençóis e travesseiros. O banheiro é praticamente uma extensão do quarto, mas pode oferecer privacidade ao fechar suas portas de madeira, e também na área do toilette que fica separada dos demais ambientes. Uma banheira completa as instalações. Tudo dentro da linha rústico-chique, presente em todo o hotel.

O que não deixa de imprimir glamour em diversas áreas. A piscina é um belo exemplo disso. Uma das mais charmosas e convidativas do Rio. Com lounges, sofás, colchões e espreguiçadeiras, além do bar. Uma manhã ou uma tarde ali, com som ambiente, a vista da Baía de Guanabara e drinks sofisticados como acompanhamento é o que há de mais cool no Rio.

Em toda área comum, apenas música popular brasileira é ouvida. Assim como no Bar dos Descasados, que toca MPB e às sextas à noite tem a presença da DJ Francisca, conhecida das pistas de dança de Búzios. O Bar tem um ambiente super envolvente, um clima de magia…iluminado por velas, preserva os arcos da antiga senzala, sob os quais podemos curtir a noite aconchegados nas camas com voil para deixar tudo ainda mais charmoso.

Da mesma forma, o aclamado restaurante do hotel, o Térèze, apresenta um ambiente rústico que mescla com harmonia requinte e modernidade. No almoço, opção de clássicos parisienses, como salada Niçoise e Boeuf Bourguignon, e a saideira ideal para quem quer um docinho após a refeição mas não quer abusar: o café Gourmand. Muito comum nos bistrôs franceses, trata-se de um café acompanhado de alguns docinhos. Nesse caso, macaron e madeleine.

Para o jantar, menu à la carte. Provamos a burrata de buffala com tapenade de azeitonas pretas, cherne com salada orgânica como prato principal, e terrine de mousse de chocolate Callebaut com creme de pistache, frutas vermelhas e crumble de caju.

O Térèze era um restaurante francês originalmente. Há algum tempo fez a transição para um brasileiro com influência espanhola e argentina. Quem assina o cardápio atualmente é o chef argentino Pablo Ferreyra. Porém, o conceito francês de Bistronomia, que oferece comida de excelente qualidade de forma rápida e com bons preços, prevalece na hora do almoço. A cada mês a casa tem um tema que inspira os pratos. Estive lá no mês do “Café”, por isso todos os três pratos impecáveis do menu executivo que escolhi levavam café na receita. De entrada, salada Caprese ao caramelo de café. Como principal, um gnocchi de berinjela defumada ao molho de café arábico, tomate e catupiry. E a surpreendente éclair de café com chocolate servida num mini shot de café e cachaça. Uma delícia passear pela história dos grãos através dos pratos. Voltamos à sua origem de chegada ao Brasil em 1727, trazido da Guiana Francesa pelo Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta. Pois é, o café não é originalmente braseiro…!

Completando os serviços oferecidos pelo Santa Teresa, temos o Le Spa. Um lugar com ainda mais privacidade e dentro do hotel. Diversas massagens são oferecidas, duas banheiras de ofurô  fazem parte do menu de tratamento. Um lugar de serenidade e relaxamento. Você pode ler mais sobre minha experiência no Le Spa aqui.

Tudo isso que o hotel apresenta se traduz em uma experiência singular. Uma hospedagem para transbordar os sentidos e para nos fazer sentir fora da conturbada metrópole mesmo a poucos metros do agitado centro da cidade. Gostei de ver que o Hotel Santa Teresa não perdeu suas características marcantes, e seu futuro promete ainda mais qualidade sob o imponente nome Sofitel.

Written by Letouriste

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